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terça-feira, 8 de março de 2011

Cinema


Esposa de Mentirinha (Just Go with It, 11). Direção de Dennis Dugan.



Com Adam Sandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman, Brooklyn Decker, Nick Swardson, Dave Matthews e Bailee Madison.
Adam Sandler tenta manter uma produção regular de dois filmes por ano, de qualidade mediana (um em cada quatro faz sucesso, o que não é uma média tão ruim hoje em dia, este aqui está no padrão, chegando até agora a perto de 70 milhões de dólares para uma produção cara de cerca de 80). Mesmo assim porque é uma temporada muito fraca de lançamentos onde, fora os filmes do Oscar, cada um é mais fraco e pior do que o outro. (Nada se compara, porém, com o horror do novoVovó... Zona).
Esta aqui é uma refilmagem de uma famosa peça francesa feita no cinema por um elenco ilustre que trazia Ingrid Bergman, Walter Matthau e Goldie Hawn (que por ele ganhou um injusto Oscar de coadjuvante em 69). Mas que oceano de diferença! Matthau era um dentista que fingia ser casado para poder enganar as namoradas e evitar compromissos. Quando uma delas desconfia, chama a empregada da clínica (aqui Jennifer Aniston, em papel de mãe de casal de filhos, ou seja, já ingrato) para fingir ser sua mulher. A ideia básica é conservada só que ele é cirurgião plástico e muito rico, a ponto de poder mandar todo o mundo do elenco para um resort no Havaí.
Não chega a ser problema o fato de o filme custar a engatar, nem o de Sandler insistir em colocar seus amigos do peito em papéis importantes mesmo sendo absolutamente intragáveis e sem graça como é o caso de um certo Nick Swardson, que faz o primo burro e chato (mas pode outros adjetivos nisso, porque é insuportável e não acerta uma). Tem outro amigo fazendo menos mal que é o musico Dave Matthews. Este ao menos tem a alegria de fazer o marido de Nicole Kidman, que topou entrar na brincadeira, fazendo uma colega de escola de Jennifer que a reencontra no Havaí e começa a competir.
Nicole demonstra espírito esportivo participando das besteiras, mas não é seu melhor momento (e o botox ainda não tinha passado o efeito). Também não tem grandes piadas, nem mesmo na cena do concurso de dança que é tola.
O filme não seria tão ofensivo se não insistisse nos clichês com crianças (aquilo de sempre, com as crianças carentes, porque o pai não liga para elas, a menina mais velha querendo ser atriz e inventando sotaques o que não é especialmente engraçado). E dali em diante cair na pior escatologia, todas as piadas de banheiro possíveis e imagináveis, sendo que uma delas é particularmente grosseira e por isso mesmo deverá ser comentada (não espere que eu a descreva nem que seja em nome do bom gosto).
Ou seja, mergulha de cara na baixaria, de uma forma grotesca e que destrói todas as outras possíveis qualidades. Enfim, para quem gosta é um prato cheio.

Este é um comentário de Rubens Ewald Filho, que é uma autoridade no assunto. Mas não penso que seja tão ruim como relata, pois o filme consegue, de qualquer maneira, divertir e fazer rir. Muito rigor na crítica deste tipo de comédias apenas desconstrói.



Clint Eastwood inicia as filmagens de novo longa

Astros como Leonardo DiCaprio e Naomi Watts estão no elenco de J.Edgard

...O diretor americano Clint Eastwood (Gran Torino) iniciou nesta semana as filmagens de seu mais novo longa, J. Edgar. A produção conta com Leonardo DiCaprio (A Origem) como principal estrela do elenco.
O drama explora a vida pública e privada de uma das figuras mais poderosas, controversas e enigmáticas do século 20, J. Edgar Hoover, principal nome da justiça americana por quase cinco décadas, que na intimidade possuía segredos que poderiam destruir toda sua carreira.
Além de DiCaprio, o elenco conta outros nomes de peso como Naomi Watts (21 Gramas), Judi Dench (Shakespeare Apaixonado), Armie Hammer (A Rede Social) e Josh Lucas (Juntos pelo Acaso).
Clint Eastwood também assina a produção do filme, que conta com Tim Moore e Erica Huggins como produtores executivos. As filmagens acontecerão nos arreadores de Los Angeles durante alguns meses.
J. Edgar será produzido pela Malpaso e Imagine.

Certamente, chega um bom filme às telas, pois Clint  Eastwood
é um grande ator-diretor.

Uma das principais estreias desta sexta-feira (4) nas telonas do país foi o filme Lope, uma produção hispano-brasileira, dirigida por Andrucha Waddington (Casa de Areia, Eu Tu Eles) e estrelada pelo argentino Alberto Ammann.






Lope (Idem) Espanha, 10. Com Luis Tosar, Leonor Watling, Sonia Braga, Selton Mello, Pilar Lopez de Ayala, Antonio de la Torre e Alberto Amman (Lope). Warner.
Faz meses que estamos esperando a estreia deste primeiro filme que o brasileiro (e talentoso) Andrucha foi rodar na Espanha com bastante sucesso (ao menos levou os Goyas de figurinos, canção original – Que el Soneto nos Tome por Sorpresa, e indicações de atriz coadjuvante (Pilar), direção de produção, direção de arte, maquiagem e penteados, efeitos especiais).
Como não temos no Brasil tradição de filmes do gênero, aí esta a maior atração do filme e a demonstração da qualidade do trabalho do diretor. É um filme biográfico de um dos maiores escritores da Espanha, Lope de la Vega (rival de Cervantes que fez Don Quijote de la Mancha). Também este é o maior problema comercial do filme, já que a maior parte das pessoas não tem a menor ideia nem se interessa especialmente por ele, sua obra, ou sua época.
É filme para espanhol, não funciona exportando. É ótimo que Andrucha tenha feito um trabalho tão competente, ainda que optando por um tom mais sério do que poderia ser um novo Shakespeare Apaixonado. Chamou Sonia Braga para fazer uma ponta quase muda, mas importante (ela é a mãe do autor, mas morre em alguns minutos) e prestigiar o nosso Selton Mello (que usa sua própria voz para interpretar um nobre coadjuvante sem maiores méritos).
Poupando vocês de uma ida até a Wikipédia, aqui vai a biografia: Arturo Lope de Veja y Carpio (1562-1635) era poeta e dramaturgo. Era famoso principalmente pelo incrível volume de sua obra, superando outros do mesmo estilo barroco (como Calderón de la Barca e Tirso de Molina). Suas peças são consideradas das melhores de toda a história do teatro. Também era reputado poeta lírico. E autor de romances. Teria escrito 3. 000 sonetos, 3 novelas, 9 poemas épicos e 1.800 peças (das quais 80 seriam obras primas).
Com tudo isso não sei como ele ainda arranjou tempo para ser guerreiro (o filme começa com ele terminando uma guerra e voltando para casa para encontrar tudo em miséria). Eventualmente se apaixona por uma mulher (ele era também homem de muitas amantes) que é jovem e filha de um possível benfeitor, mas que está prometida para outro.
As artimanhas seguem a estrutura do gênero, mostrando a criação teatral acima dos fatos reais. Como não conhecemos direito os atores, fica difícil avaliar o trabalho. Assim superficialmente me pareceu um filme sólido, bem realizado, bem produzido com uma história romanceada e não muito original. Mais para espanhol do que para brasileiro.
Rubens Ewald Filho.

Vamos conferir?

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