COMISSÃO DE ÉTICA?

Ninguém sabe o que significa ética para muitos senadores. A julgar pela sessão de hoje da CCJ, a "ética" dos governistas (com alguma rara exceção)nada tem a ver com o que a maioria de nós entendemos que seja. Ou entendíamos que fosse. Com o maior descaramento o presidente Paulo Duque conduziu para o arquivamento todas as acusações e representações contra José Sarney, quem sequer compareceu para explicar-se. Na verdade, não faria diferença, a não ser pela dignidade que representaria a presença do presidente do Senado. Enfim, por unanimidade foi rechazada a representação descabida contra Arthur Virgílio, e o ponto alto da sessão foi o desabafo do senador Flávio Arns (PT), quem se disse envergonhado pela posição adotada pelo seu partido, e arrependido de pertencer a suas fileiras. Foi lastimável a leitura de documento redigido pelo presidente do partido, Berzoini, determinando o voto da bancada petista, o que gerou protestos até do seu líder no Senado, Aloizio Mercadante.Este partido está totalmente desvirtuado, na contramão de seus próprios princípios e de qualquer compromisso com o que seja ética.Submisso aos desejos e rompantes de Lula, perdeu totalmente o rumo.
Agora, todos estes infaustos acontecimentos trazem importantes lições , tanto para os integrantes do Legislativo como para os seus eleitores, que quiçã abram os olhos e escolham melhor seus candidatos. E, por enquanto, contrariando a tudo e a todos, José Sarney, como um gordo carrapato , resiste a soltar-se da anatomia da gorda vaquinha republicana. Até quando?