A gente cria a própria realidade... Mas onde é que se vai buscar a responsabilidade, num sentido físico? Por exemplo: a gente acredita que uma casa é segura a não tranca a porta? A gente acha que está a salvo num carro e não usa o cinto de segurança?
Existe uma distinção clara entre desacatar as leis do mundo e amar a si próprio. Vocês optaram por serem humanos, e por isso estão neste planeta para acatarem as determinações dele. Quando chove, vocês usam guarda-chuva, a menos que queiram se molhar; quando sentem fome, vocês procuram comida; quando estão muito cansados, vocês dormem. Tudo isso faz parte do reino humano em que vocês vivem.
Quanto mais vocês pensam na Unidade, mais vontade têm de viver plenamente em seu mundo. Quanto a trancarem a casa e a usarem o cinto de segurança: vocês podem cultuar o mundo com suas ilusões, seus medos?
Se vocês sabem que estão vivendo num lugar que gerou pessoas desesperadas as quais pretendem, talvez, invadir as casas de vocês... acham que não é prudente trancar a porta enquanto continuam a amar? Quanto aos cintos de segurança, também... Enquanto vocês tiverem um corpo físico, há de ser prova de amor a si mesmos cuidarem bem desse corpo. Vocês estarão respeitando a si mesmos enquanto zelarem pela própria segurança.
Que acontece quando incidimos juntos na violência e alguém é roubado ou assassinado? Será tudo isso em nome do amor?
Sim. Não se pede a vocês que se rejubilem quando alguém atacar. Vocês são humanos. O que se pede a vocês é que permaneçam no Ser expandido o melhor que puderem.
Não existem momentos que não deveriam ter acontecido. Nada ocorre por acaso. O desígnio é perfeito. Por quê? Porque é um desígnio de vocês mesmos, e vocês continuam a criar as vidas dentro das quais respiram.
Mas como havemos de lidar com a monstruosidade de certos crimes? Tais crimes parecem clamar por vingança, conquanto a maneira de lidarmos com tais criminosos apenas acrescente medo a medo.
Esse é um grande desafio: quando há um coração fechado, há dor para todo o universo. Pois quando esquece tanto que alguém vai fazer mal a outrem, os próprios céus são escurecidos por esse esquecimento. E todavia, embora o ser humano amedrontado clame por vingança, há um conhecimento mais profundo que simplesmente chora de agonia na falta do amor...
Que aconteceria então com aqueles que fizeram coisas tão terríveis? Ah, eles precisam ser protegidos contra si mesmos, e a sociedade precisa ser protegida contra eles, mas não de forma punitiva. A punição vem do medo.
Ninguém pede que vocês sejam santos. Na verdade, vocês são santos, todos, e têm a capacidade de amarem assim.
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